Imagens do presente foram compartilhadas pelas próprias funcionárias nas redes sociais, o que levou a uma série de questionamentos sobre a intenção por trás do gesto. Em uma das postagens, uma das mulheres que recebeu o kit chegou a questionar se a entrega do objeto teria como propósito uma verdadeira homenagem, colocando em dúvida a sensibilidade da escolha do presente.
O estojo rosa, além dos itens de costura, trazia uma mensagem de “Feliz Dia da Mulher” e identificava a Associação Beneficente Recreativa Tribunal de Contas. É importante ressaltar que esse grupo, mantido pelos próprios servidores do TCE, conta com apenas duas mulheres em sua diretoria, que é majoritariamente composta por homens.
Após o acontecimento, o Tribunal de Contas do Paraná chegou a compartilhar a imagem de uma funcionária agradecendo o presente, mas posteriormente apagou a postagem de suas redes sociais. Até o momento, não obtivemos resposta do órgão em relação ao ocorrido.
O episódio gerou discussões sobre a representatividade das mulheres em ambientes de trabalho e a necessidade de reconhecimento adequado em datas especiais como o Dia Internacional da Mulher. Para muitos, o presente de costura foi considerado sexista e inadequado para homenagear as servidoras do TCE.
Em meio a críticas e questionamentos, o caso evidencia a importância de rever conceitos e práticas institucionais que possam perpetuar estereótipos de gênero e reforçar desigualdades no ambiente de trabalho. Ainda que o gesto possa ter tido boas intenções, a escolha do presente não passou despercebida e gerou reflexões sobre a valorização e o respeito às mulheres no contexto profissional.
