Segundo o núncio apostólico responsável pelo Vaticano na Polônia, a renúncia de Dziuba foi motivada por dificuldades na gestão da diocese, especialmente por negligências no tratamento de casos de abuso sexual envolvendo clérigos contra menores. A imprensa polonesa havia reportado alegações de que o bispo sabia da conduta de pelo menos dois padres pedófilos em sua jurisdição, mas optou por transferi-los para outras paróquias ao invés de investigar as denúncias.
O caso de Andrzej Dziuba não é isolado, uma vez que no mês anterior o Vaticano anunciou a renúncia do ex-arcebispo de Szczecin, Andrzej Dziega, também envolvido em escândalos de encobrimento de abusos sexuais. Esses episódios têm sacudido a outrora poderosa Igreja na Polônia, considerada por muito tempo como um bastião católico, que agora se vê envolvida em denúncias de tentativas de pedofilia por parte do clero de alto escalão.
O Papa Francisco tem se dedicado a combater os abusos sexuais na Igreja, estabelecendo uma política de “tolerância zero” após diversos escândalos. Sua postura firme em relação a essas questões tem sido uma das principais missões de seu papado, demonstrando a importância de responsabilizar os líderes religiosos que falham em proteger as vítimas de abuso.