EUA reforçam segurança em embaixada no Haiti devido à espiral de violência das gangues criminosas em Porto Príncipe

Os Estados Unidos estão tomando medidas drásticas em relação à situação de violência extrema que assola o Haiti, especialmente na capital, Porto Príncipe. Em meio aos ataques de gangues armadas, os EUA anunciaram a retirada de alguns funcionários de sua embaixada e o reforço na segurança do local. Esta decisão foi tomada diante da grave crise humanitária que se instalou na cidade, com hospitais sob ataque, escassez de alimentos e infraestrutura bloqueada.

Segundo porta-vozes militares americanos, a operação realizada visa aumentar a segurança na Embaixada dos EUA, garantir a continuidade das operações diplomáticas e possibilitar a saída de funcionários não essenciais. Além disso, o transporte aéreo de pessoal de e para a embaixada foi reforçado como parte das medidas de segurança adotadas.

A crescente violência das gangues levou a Comunidade do Caribe (Caricom) a convocar representantes dos Estados Unidos, França, Canadá e ONU para uma reunião na Jamaica visando discutir a situação no Haiti. Os ataques recentes incluíram delegacias de polícia, a academia de cadetes da polícia, prisões e o aeroporto internacional, que precisou ser fechado.

A crise política no país, agravada pela morte do presidente Jovenel Moïse em 2021, tem levado a uma escalada de violência e instabilidade. O atual primeiro-ministro Ariel Henry anunciou a realização de eleições em agosto de 2025, o que gerou descontentamento e tensões no cenário político haitiano.

Diante desse contexto, grupos criminosos têm intensificado os ataques, o que tem provocado deslocamentos em massa da população em busca de segurança. A Organização Internacional para as Migrações relata que mais de 360 mil pessoas, metade delas crianças, estão desabrigadas no Haiti, com um aumento de 15% desde o início do ano.

A situação no Haiti é cada vez mais crítica, com a população enfrentando fome, insegurança e deslocamentos forçados. As medidas adotadas pelos Estados Unidos e pela comunidade internacional visam conter a violência e buscar soluções para a crise humanitária que assola o país caribenho.

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