Maduro se candidata a um terceiro mandato: promessas de obras públicas e estratégias de campanha convergem com recursos estatais.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, está em meio a uma intensa campanha rumo a um terceiro mandato de seis anos. Sua estratégia é abrangente, envolvendo desde a distribuição de colchões, sapatos e vasos sanitários até a construção de casas e quadras públicas. A máquina do governo e os recursos do Estado convergem para apoiar sua candidatura, que busca a continuidade do chavismo após 25 anos no poder.

Aldo iniciar sua campanha, Maduro prometeu a realização de 70 obras públicas até 28 de julho, data que marca o aniversário de Hugo Chávez, fundador do movimento chavista. Enquanto isso, a oposição ainda enfrenta incertezas em relação ao seu candidato, uma vez que María Corina Machado foi politicamente inabilitada e ainda não indicou um sucessor. Enquanto isso, ela percorre o país formando “comandinhos” para estruturar sua campanha.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) proclamará oficialmente Maduro como candidato em um congresso na sexta-feira. O presidente, por sua vez, tem aumentado suas aparições públicas, buscando fortalecer sua imagem diante da população. No entanto, sua popularidade é baixa, o que tem gerado críticas e pedidos por mudança.

Enquanto isso, Maduro lançou o programa social Grande Missão Hugo Chávez, prometendo distribuir sapatos, colchões e resolver problemas habitacionais. Essa abordagem clientelista tem sido criticada pela oposição, que tem denunciado o uso de recursos públicos para favorecer a parcialidade política.

María Corina Machado, por sua vez, aposta em uma campanha “sem grana”, baseada na mobilização popular. Ela ainda não definiu seu sucessor e segue viajando pelo país em busca de apoio. Enquanto isso, o prazo para registro de candidaturas se aproxima, o que deixa a oposição em uma situação delicada.

Em meio a esse cenário político conturbado, a Venezuela se prepara para uma eleição presidencial disputada, onde o futuro do chavismo e de Maduro estarão em jogo. A intensidade das campanhas e a polarização do eleitorado prometem marcar os próximos meses no país sul-americano.

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