Essa iniciativa visa beneficiar inicialmente os moradores fixos da comunidade, que estão localizados a sete quilômetros de onde produzem e vendem sua farinha. Cada moradia terá um custo aproximado de R$ 75 mil, proporcionando melhores condições de vida para essas famílias.
A viabilização desse projeto se deu através de uma portaria publicada recentemente, que prevê a inclusão de 74 famílias em um programa nacional do Incra voltado para políticas públicas destinadas a essas comunidades. Com o reconhecimento do território quilombola em 2015, a regularização permitiu que agora essas famílias tenham acesso a créditos para a construção das casas.
O assessor de Regularização do Território Quilombola do Incra em Rondônia, William dos Santos Ramos Coimbra, destacou a importância desse reconhecimento para a aplicação de créditos e anunciou que em breve serão apresentadas maquetes das casas que serão construídas na comunidade. Além disso, estão previstos benefícios como compra de equipamentos, projetos de horta, criação de animais e políticas de fomento específicas para as mulheres da comunidade.
A Comunidade de Santa Fé possui 1.452 hectares e todas as famílias têm origem ligada à população negra de Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso. Essa comunidade, assim como outras remanescentes de quilombos em Rondônia, representa a resistência e a história da população negra na região.
Os planos futuros para a comunidade de Santa Fé e outras comunidades quilombolas em Rondônia prometem trazer melhorias significativas para essas famílias, que lutam para manter viva sua cultura e tradições. O apoio do Incra e de outras organizações representa um passo importante na garantia de direitos e na promoção da igualdade social.