Comunidade quilombola de Santa Fé, em Rondônia, terá 24 casas construídas com recursos do Incra em projeto de regularização fundiária.

Às margens do Rio Guaporé, na cidade de Costa Marques, em Rondônia, está acontecendo uma ação que promete mudar a realidade de 24 famílias da comunidade quilombola de Santa Fé. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está destinando recursos para a construção de casas para essas famílias, que vivem da agricultura, pesca de subsistência e fabricação de farinha de mandioca.

Essa iniciativa visa beneficiar inicialmente os moradores fixos da comunidade, que estão localizados a sete quilômetros de onde produzem e vendem sua farinha. Cada moradia terá um custo aproximado de R$ 75 mil, proporcionando melhores condições de vida para essas famílias.

A viabilização desse projeto se deu através de uma portaria publicada recentemente, que prevê a inclusão de 74 famílias em um programa nacional do Incra voltado para políticas públicas destinadas a essas comunidades. Com o reconhecimento do território quilombola em 2015, a regularização permitiu que agora essas famílias tenham acesso a créditos para a construção das casas.

O assessor de Regularização do Território Quilombola do Incra em Rondônia, William dos Santos Ramos Coimbra, destacou a importância desse reconhecimento para a aplicação de créditos e anunciou que em breve serão apresentadas maquetes das casas que serão construídas na comunidade. Além disso, estão previstos benefícios como compra de equipamentos, projetos de horta, criação de animais e políticas de fomento específicas para as mulheres da comunidade.

A Comunidade de Santa Fé possui 1.452 hectares e todas as famílias têm origem ligada à população negra de Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso. Essa comunidade, assim como outras remanescentes de quilombos em Rondônia, representa a resistência e a história da população negra na região.

Os planos futuros para a comunidade de Santa Fé e outras comunidades quilombolas em Rondônia prometem trazer melhorias significativas para essas famílias, que lutam para manter viva sua cultura e tradições. O apoio do Incra e de outras organizações representa um passo importante na garantia de direitos e na promoção da igualdade social.

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