Ministro do STJ anuncia convênio com cartórios para facilitar doação de órgãos através de aplicativo no celular.

Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), anunciou recentemente um convênio com os cartórios extrajudiciais por meio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse acordo tem como objetivo facilitar a documentação necessária para a regulamentação da doação de órgãos em casos de morte.

A novidade desse convênio é a implementação de um aplicativo no telefone celular que permitirá a certificação da documentação de forma mais ágil e prática. O magistrado ressaltou que, para além da desburocratização, essa iniciativa é um ato de cidadania ao incentivar e facilitar a doação de órgãos.

De acordo com Salomão, o Brasil é o quarto país em número absoluto de transplantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. No entanto, apesar disso, a taxa de doadores ainda é baixa no país. No ano passado, apenas 2,6% das pessoas que poderiam ser doadoras efetivamente realizaram a doação.

Entre os entraves para a doação de órgãos no Brasil, destaca-se a recusa familiar. No ano de 2023, cerca de 42% das famílias recusaram a doação do órgão de um ente falecido, o que evidencia a necessidade de um trabalho contínuo de conscientização e informação sobre a importância da doação de órgãos.

Atualmente, aproximadamente 60 mil pessoas aguardam por um órgão no Brasil, sendo o rim o órgão mais demandado, seguido pelo fígado, coração, pulmão e pâncreas. No ano passado, mais de 3 mil pessoas faleceram enquanto aguardavam por um órgão, o que reforça a importância da conscientização e ampliação da rede de doadores.

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