Suprema Corte dos EUA suspende lei do Texas que autoriza detenção e expulsão de migrantes ilegais na fronteira com o México

A Suprema Corte dos Estados Unidos suspendeu, nesta segunda-feira (18), a entrada em vigor de uma lei aprovada no Texas que tem gerado polêmica. A decisão do juiz Samuel Alito adia a aplicação da lei, que permite deter e até expulsar migrantes que cruzaram ilegalmente a fronteira com o México, até segunda ordem do tribunal.

A lei, que estava prevista para entrar em vigor em 4 de março, tem sido alvo de disputas judiciais e é resultado de uma batalha entre o Departamento de Justiça da administração de Joe Biden e o governo do estado do Texas, liderado por Greg Abbott. O governador republicano justifica a necessidade da lei com o aumento dos índices de migração na região.

Essa não é a primeira vez que o juiz Alito adia a entrada em vigor da legislação, mas é a primeira vez que a suspensão não tem prazo definido. A medida tem gerado controvérsias e colocado em xeque a autonomia do estado do Texas em questões de fronteira, que são de jurisdição federal.

Abbott, aliado de Donald Trump, atribui a crise migratória ao governo de Biden e tem tomado medidas drásticas para controlar a situação, incluindo a militarização de áreas de fronteira e a imposição de penas severas para quem cruzar ilegalmente. A relação conturbada entre governos, somada ao contexto político eleitoral, promete ser tema central nas próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Enquanto isso, milhares de migrantes aguardam outras resoluções, muitos deles solicitando asilo e esperando por respostas em território americano. A suspensão da lei no Texas coloca em evidência a complexidade e urgência da questão migratória na região, que afeta não apenas os migrantes, mas também governos e a população local.

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