Reguladores da UE intensificam escrutínio sobre Google, Meta e TikTok para conter riscos da inteligência artificial generativa.

A União Europeia intensificou sua vigilância em relação às grandes empresas de tecnologia, como Google, Meta e TikTok, na última semana. Os reguladores europeus solicitaram informações sobre como essas empresas estão lidando com os riscos da inteligência artificial generativa, incluindo a propagação viral de deepfakes.

A Comissão Europeia, responsável pela execução da UE, enviou questionários para oito plataformas e mecanismos de pesquisa, como Bing, Instagram, Snapchat, YouTube e X (antigo Twitter), buscando entender como elas estão mitigando os riscos da IA generativa.

Essa maior fiscalização decorre dos novos poderes regulatórios adquiridos sob a Lei de Serviços Digitais (DSA), um conjunto abrangente de regulamentações implementadas no ano passado com o propósito de limpar as grandes plataformas online e garantir a segurança dos usuários, sob a ameaça de pesadas multas.

A UE está utilizando o DSA e outras legislações existentes para regulamentar a inteligência artificial até que suas próprias regras para essa tecnologia entrem em vigor. Embora a Lei de IA, as primeiras regras abrangentes de IA do mundo, tenha sido aprovada, as disposições referentes à IA generativa só entrarão em vigor no próximo ano.

Além da propagação de deepfakes, a Comissão Europeia está preocupada com outros riscos relacionados à IA, como sistemas que divulgam informações falsas e a manipulação automatizada de serviços para enganar os eleitores.

A investigação da UE abrange a criação e disseminação de conteúdo de IA generativa, incluindo a análise interna das empresas sobre os riscos e as medidas adotadas para mitigá-los, especialmente no que diz respeito a processos eleitorais, disseminação de conteúdo ilegal, violência de gênero e proteção de menores.

As autoridades europeias estão atentas à desinformação alimentada por IA, à medida que se aproximam as eleições em toda a UE, agendadas para o início de junho. A Comissão está buscando respostas das empresas sobre suas salvaguardas eleitorais e outros temas até datas específicas de abril.

Não apenas as gigantes tecnológicas enfrentam esse escrutínio da UE, mas também outras empresas, como a plataforma chinesa de comércio eletrônico AliExpress, que está sob investigação por não proteger os consumidores e crianças de produtos de risco. O LinkedIn também está sendo investigado em relação à proibição de direcionar anúncios com base em dados sensíveis.

A investigação da UE reflete a preocupação crescente com o impacto da inteligência artificial e o papel das grandes empresas tecnológicas na proteção dos usuários e na garantia da segurança online. É provável que novas regulamentações e medidas de controle sejam implementadas para assegurar que as plataformas online atuem de forma responsável e transparente em um cenário cada vez mais digital e interconectado.

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