Autoridades venezuelanas vinculam líder opositora a planos de “ações desestabilizadoras” às vésperas das eleições: dois colaboradores detidos.

As autoridades venezuelanas fizeram graves acusações contra a opositora María Corina Machado nesta quarta-feira (20), associando-a a planos de “ações desestabilizadoras” visando as eleições marcadas para 28 de julho. Além disso, anunciaram a detenção de dois de seus colaboradores mais próximos.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que líderes da organização política de María Corina estavam planejando protestos para tentar forçar a habilitação da opositora antes das eleições presidenciais. Ele mencionou que a intenção era desestabilizar o país e promover uma rebelião, contando com o apoio de sindicatos e estudantes.

Saab também divulgou a detenção de Henry Alviárez e Dignora Hernández, acusando-os de orquestrar tais ações. Além disso, revelou que outros sete colaboradores da opositora foram presos nos últimos dias, e emitiu mandados de prisão contra mais sete pessoas, incluindo Magalli Meda, braço direito de María Corina.

A líder opositora reagiu, denunciando uma “brutal repressão” e acusando o regime de Maduro de tentar cercear as chances de mudança e liberdade na Venezuela. Ela também questionou a inabilitação que a impediu de concorrer às eleições.

Apesar de um acordo entre o governo de Maduro e a oposição para revisar a inabilitação de líderes opositores, María Corina Machado permaneceu proibida de ocupar cargos públicos. O governo ratificou a sanção em janeiro, enquanto a oposição e outros países como os Estados Unidos e União Europeia pediram sua suspensão.

Diante desse cenário volátil, a oposição denunciou o “sequestro” de seus líderes e apelou por firmeza diante da repressão do regime de Maduro. Enquanto isso, a Vente Venezuela, organização liderada por María Corina, teve sua sede fechada após a detenção de seus líderes. Dirigentes políticos gravaram vídeos das prisões, promovendo a divulgação das ações do governo.

Portanto, a situação política na Venezuela continua tensa e polarizada, com acusações de parte a parte e uma luta pelo poder em um cenário conturbado e repressivo.

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