Congresso americano propõe lei para cortar financiamento à agência da ONU para refugiados palestinos devido a acusações de ligação com Hamas.

O Congresso americano apresentou, nesta quinta-feira (21), um projeto de lei que visa proibir qualquer financiamento direto à agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), uma medida que foi incluída em um texto orçamentário de mais de 1.000 páginas. Essa proposição deve ser adotada antes do final de semana para evitar uma possível paralisação do governo federal dos Estados Unidos, conhecida como “shutdown”.

A ação do Congresso americano surge após Israel acusar 12 funcionários da UNRWA, que emprega cerca de 13 mil pessoas em Gaza, de estarem envolvidos em um ataque perpetrado pelo grupo islamista palestino Hamas em solo israelense no dia 7 de outubro. Desde então, outros 15 países, incluindo os Estados Unidos, seu principal doador, suspenderam o financiamento à UNRWA, que representa mais da metade dos fundos recebidos pela agência em 2023.

A guerra em Gaza teve início em 7 de outubro, com uma ofensiva de milicianos islamistas que resultou na morte de 1.160 pessoas, na maioria civis, e no sequestro de cerca de 250 no sul de Israel. Em resposta, o Exército de Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra Gaza, com o objetivo de “aniquilar” o Hamas, que é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. Até o momento, a operação já causou a morte de 31.988 pessoas, a maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza.

É importante ressaltar que diversos países já anunciaram a retomada de sua parcela de financiamento à UNRWA, buscando auxiliar os refugiados palestinos que sofrem as consequências desse conflito. A situação ainda é delicada e envolve questões políticas e humanitárias que merecem atenção e resolução adequada.

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