O crânio do golfinho apresentava uma mandíbula longa e robusta, com grandes dentes. A região amazônica da época era caracterizada por uma fauna rica e diversificada, composta por diferentes espécies de peixes, tartarugas, crocodilos, mamíferos pequenos e grandes. A ausência de competição e de predadores diretos contribuiu para o desenvolvimento do Pebanista yacuruna em um animal de tamanho gigante.
Além dos golfinhos, a região amazônica do Mioceno era habitada por outros animais de grande porte, como peixes e crocodilos. O nome yacuruna dado à espécie faz referência a uma criatura mítica aquática da Amazônia peruana. O Pebanista yacuruna é parente próximo dos golfinhos atuais do gênero Platonista, que vivem na Ásia.
As três espécies compartilham características morfológicas similares, evidenciando um estágio de transição entre os habitats marinhos e de água doce. Durante o início do Mioceno, a família Platanistidae viveu seu pico de distribuição, no entanto, fatores como o aumento do nível do mar e a chegada de novas espécies competidoras acabaram restringindo esses animais à água doce.
Os registros fósseis dos Platanistidae são raros, o que dificulta o mapeamento da evolução histórica do gênero Platonista. Apesar disso, a descoberta do Pebanista yacuruna traz contribuições importantes para o estudo da evolução desses animais e da região amazônica no passado.