Contratos futuros de petróleo fecham em baixa após atingirem máximas em quatro meses devido às tensões geopolíticas.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, 22, após um período de ajuste nos últimos dias. A commodity chegou a alcançar máximas em quatro meses, mas as tensões geopolíticas acabaram afetando seu desempenho.

O WTI para maio encerrou o dia com queda de 0,54%, cotado a US$ 80,63 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para junho recuou 0,48%, fechando a US$ 84,83 o barril na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o contrato para maio do Brent apresentou um leve avanço de 0,11%.

Essa foi a terceira sessão consecutiva de baixa para o petróleo. O dólar forte teve um impacto significativo, juntamente com a proposta de resolução por um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, que acabou sendo vetada por China e Rússia. Além disso, Benjamin Netanyahu, premiê de Israel, afirmou que continuará com a invasão da cidade de Rafah, mesmo sem o apoio dos EUA.

A Capital Economics apontou que o petróleo foi impulsionado na semana por ataques da Ucrânia em refinarias russas. No entanto, a consultoria ressaltou que relatos de que os EUA pediram para os ucranianos pararem com essas ações podem ter limitado os ganhos nos preços, mas ainda considera cedo para indicar se os ataques serão interrompidos.

Por outro lado, Stephen Stanley, economista-chefe do Santander para os EUA, destacou que a Índia parou de receber entregas de petróleo russo em navios-tanque da própria Rússia, temendo sanções americanas. Ele também destacou a pressão dos EUA para que a Ucrânia não ataque instalações de petróleo russas, o que poderia elevar os preços da commodity e provocar retaliações. Nesse contexto, o economista expressou ceticismo sobre a disposição dos EUA de intensificar a pressão sobre a Rússia.

Em resumo, o mercado de petróleo continua volátil, com diversas variáveis geopolíticas e econômicas influenciando os preços da commodity. A incerteza se mantém em relação aos desdobramentos das tensões entre os países produtores e consumidores de petróleo, o que pode gerar instabilidade nos próximos dias.

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