António Guterres denuncia bloqueio de ajuda humanitária em Gaza como “escândalo moral” e pede compromisso de Israel

Uma cena lamentável se desenrola na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, onde uma longa fila de caminhões de ajuda humanitária encontra-se bloqueada, enquanto a população local enfrenta a fome. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, classificou a situação como um escândalo moral durante sua visita à passagem de Rafah no último sábado (23).

Guterres fez um apelo contundente, clamando para que Israel assuma um compromisso firme de permitir o acesso irrestrito aos bens humanitários em toda a região de Gaza. Além disso, ele pediu por um cessar-fogo imediato e pela libertação dos reféns israelenses detidos pelo grupo Hamas na área.

Diante dessa crise humanitária, a ONU comprometeu-se a continuar trabalhando em parceria com o Egito com o objetivo de agilizar a entrega de ajuda para a população que tanto necessita. Durante sua visita à passagem de Rafah, Guterres expressou sua indignação diante da triste cena dos caminhões bloqueados do lado de fora, enquanto a fome assola a população do outro.

A visita do secretário-geral da ONU ocorre em um momento de intensa pressão internacional sobre Israel para permitir a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, que sofreu com os estragos causados pela guerra entre Israel e o Hamas nos últimos meses.

Israel, por sua vez, justificou o fechamento das passagens terrestres para Gaza como uma medida de segurança, temendo que o grupo Hamas possa desviar a ajuda humanitária enviada. O país abriu apenas uma passagem perto de Rafah no final do ano passado, negando as acusações de atraso na entrega de assistência humanitária.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou António Guterres por culpar o país sem mencionar a responsabilidade do Hamas na situação. A controvérsia em torno da distribuição de ajuda humanitária em Gaza continua a gerar debates e coloca em evidência a urgente necessidade de ações para mitigar a crise humanitária na região.

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