Guterres fez um apelo contundente, clamando para que Israel assuma um compromisso firme de permitir o acesso irrestrito aos bens humanitários em toda a região de Gaza. Além disso, ele pediu por um cessar-fogo imediato e pela libertação dos reféns israelenses detidos pelo grupo Hamas na área.
Diante dessa crise humanitária, a ONU comprometeu-se a continuar trabalhando em parceria com o Egito com o objetivo de agilizar a entrega de ajuda para a população que tanto necessita. Durante sua visita à passagem de Rafah, Guterres expressou sua indignação diante da triste cena dos caminhões bloqueados do lado de fora, enquanto a fome assola a população do outro.
A visita do secretário-geral da ONU ocorre em um momento de intensa pressão internacional sobre Israel para permitir a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, que sofreu com os estragos causados pela guerra entre Israel e o Hamas nos últimos meses.
Israel, por sua vez, justificou o fechamento das passagens terrestres para Gaza como uma medida de segurança, temendo que o grupo Hamas possa desviar a ajuda humanitária enviada. O país abriu apenas uma passagem perto de Rafah no final do ano passado, negando as acusações de atraso na entrega de assistência humanitária.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou António Guterres por culpar o país sem mencionar a responsabilidade do Hamas na situação. A controvérsia em torno da distribuição de ajuda humanitária em Gaza continua a gerar debates e coloca em evidência a urgente necessidade de ações para mitigar a crise humanitária na região.