Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, foram presos por determinação de Moraes, que ordenou a prisão dos dois nesta manhã. A PF indicou que o assassinato de Marielle estava relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, com ligações a questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro.
Segundo o relatório da PF, os investigadores constataram que os irmãos Brazão contrataram Ronnie Lessa para executar o crime, em um plano que contou com a participação de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, que detalhou meticulosamente o esquema. Além de Lessa e Barbosa, outros envolvidos foram identificados e presos na operação desta manhã.
Durante as investigações, a PF analisou provas e depoimentos dos envolvidos para elucidar os primeiros passos do planejamento do assassinato de Marielle. Reuniões clandestinas em locais desertos foram identificadas, com a contratação de milicianos e o fornecimento de armas e veículos para a execução do crime.
Os detalhes revelados no relatório apontam para um esquema complexo e planejado para eliminar Marielle Franco, indicando a influência de grupos políticos e milicianos na execução do crime. A prisão dos envolvidos marca um avanço na investigação do caso que chocou o Brasil e a comunidade internacional, trazendo um pouco mais de justiça para a família da vereadora e de seu motorista.
