Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux seguiram o voto do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva dos acusados no domingo (24). A decisão foi tomada após uma análise virtual da ordem de prisão, em uma sessão de julgamentos que se estendeu por 24 horas e se iniciou na madrugada desta segunda-feira.
No entendimento de Moraes, existem fortes indícios de materialidade e autoria do crime por parte dos três presos, que também teriam realizado manobras para ocultar a autoria do assassinato e dificultar as investigações. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou a favor da manutenção da prisão, argumentando que os acusados, se soltos, poderiam continuar obstruindo as investigações policiais.
Os suspeitos detidos são os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. Eles foram capturados durante a Operação Murder Inc e estão sob custódia da Polícia Federal em Brasília. Chiquinho Brazão, que é deputado federal, terá sua prisão analisada pelo plenário da Câmara dos Deputados, de acordo com a Constituição Federal.
Uma das principais motivações por trás do assassinato de Marielle e Anderson, segundo investigações da Polícia Federal, envolve disputas pela regularização de territórios no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as investigações levaram a um esclarecimento completo sobre quem seriam os mandantes, executores e intermediários dos crimes.
Ao sair da Superintendência da PF, o advogado de Domingos Brazão negou qualquer envolvimento do seu cliente com o assassinato de Marielle, afirmando que ele é inocente e não tinha relação com a vereadora. A defesa de Rivaldo Barbosa e Chiquinho Brazão ainda não se manifestou sobre o caso.
O caso continua em destaque na mídia e a sociedade aguarda por mais informações e desdobramentos das investigações para que a justiça seja feita em relação a esse crime brutal que chocou o país.