Esses dados foram apresentados no Mapa da Desigualdade, fruto de um estudo realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis e divulgado recentemente. De acordo com o coordenador Jorge Abrahão, Salvador enfrenta um “problema gravíssimo de repressão policial”, com um alto índice de letalidade proveniente dessa violência. Tal situação se agrava quando se leva em consideração que, para a Organização das Nações Unidas, cidades ou países com mais de 10 mortes a cada 100 mil habitantes são considerados em estado de guerra civil.
Além dos alarmantes números de homicídios, Salvador também aparece na última posição quando se trata da população vivendo abaixo da linha da pobreza, com 11% dos habitantes nessa condição, e a taxa de desemprego, que atinge 16,7% na capital baiana.
O Mapa da Desigualdade, que compara 40 indicadores das 26 capitais brasileiras em temas como renda, saúde, educação, habitação e saneamento, demonstra de forma clara a desigualdade existente em todo o país. Mesmo as capitais com melhor desempenho nos indicadores não são isentas de desigualdade interna. Curitiba, por exemplo, se destacou no ranking, mas esse fato não a torna uma cidade totalmente igualitária.