Bloqueio de candidatura opositora na Venezuela causa questionamentos internacionais e põe em xeque processo eleitoral.

O bloqueio da inscrição da candidata opositora venezuelana, Corina Yoris, no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) gerou repercussões diplomáticas importantes um dia depois da manobra realizada pelo chavismo. Países como EUA, Brasil e Colômbia, juntamente com a União Europeia (UE), manifestaram preocupação e questionaram a credibilidade do processo eleitoral na Venezuela.

A frustração da oposição venezuelana era evidente, já que Yoris foi escolhida por uma maioria expressiva dos dez partidos que formam a Plataforma Unitária Democrática (PUD) como sua representante nas eleições presidenciais marcadas para 28 de julho. O comunicado crítico divulgado pelo Brasil, em sua primeira manifestação oficial de desaprovação ao governo de Nicolás Maduro, foi prontamente rebatido pela Chancelaria da Venezuela, gerando um conflito diplomático entre os dois países.

O posicionamento brasileiro foi interpretado pela Venezuela como uma atitude precipitada e baseada em um profundo desconhecimento da realidade política do país. A Chancelaria venezuelana responsabilizou o Itamaraty pelo que chamou de “comunicado ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.

A tensão internacional cresceu à medida que a oposição venezuelana enfrenta obstáculos para se registrar para as eleições. Outros candidatos opositores, como María Corina Machado e Henrique Capriles, já haviam sido inabilitados pela Justiça alinhada ao chavismo. Essas limitações adicionais impostas à oposição na reta final das inscrições colocam em xeque a transparência do processo eleitoral.

Diante desse cenário, o governo brasileiro e outros atores internacionais estão pressionando a Venezuela para garantir eleições livres e competitivas. A incerteza sobre a legitimidade do processo eleitoral e a divisão dentro da própria oposição venezuelana criam um ambiente de instabilidade política e incerteza quanto ao futuro do país.

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