Falta de representatividade feminina no Senado brasileiro é lamentada por parlamentares durante comemoração dos 200 anos da Casa.

No dia em que o Senado comemorou seus 200 anos de existência, as representantes da bancada feminina expressaram sua preocupação com a baixa representação das mulheres no Parlamento brasileiro. Das 27 vagas disponíveis no Senado, apenas quatro senadoras foram eleitas nas últimas eleições de 2022, evidenciando que apenas 12% do total de cadeiras na Casa são ocupadas por mulheres.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) destacou a necessidade de uma maior presença feminina no Senado, ressaltando que as mulheres ainda ocupam uma posição pequena no cenário político do país. Ela enfatizou a importância de uma representação mais equitativa, afirmando que as mulheres têm muito a contribuir para as decisões tomadas na Casa.

Já a senadora Leila Barros (PDT-DF) destacou que não será preciso esperar mais 200 anos para alcançar a igualdade de gênero no Senado. Ela reafirmou o compromisso de defender os direitos das mulheres e de lutar por uma representação mais significativa no Parlamento.

A procuradora da Mulher no Senado, Zenaide Maia (PSD-RN), também ressaltou a importância da representatividade não apenas das mulheres, mas também de negros e indígenas no Legislativo. Ela destacou a necessidade de uma diversidade de perspectivas e experiências para garantir que a população brasileira esteja adequadamente representada no Senado.

Historiadores apontam que a luta das mulheres por mais espaço na política remonta à época da Proclamação da República em 1889. Nomes como Leolinda de Figueiredo Daltro, Celina Guimarães Viana e Bertha Lutz são lembrados como símbolos dessa batalha histórica por igualdade de gênero no cenário político brasileiro.

No Senado, figuras como Eunice Michilis e Laélia de Alcântara se destacaram como pioneiras, ocupando posições de destaque na Casa e abrindo caminho para a representatividade feminina e negra nas esferas do poder legislativo. A luta por mais igualdade e diversidade no Senado continua, com as representantes femininas buscando garantir uma participação mais efetiva das mulheres e de outros grupos historicamente sub-representados na política nacional.

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