Imposto sobre o carbono no Canadá enfrenta crescente descontentamento e desafia governo de Trudeau com eleições à vista.

O premier canadense, Justin Trudeau, vem enfrentando dificuldades para implementar sua política de “aqueles que contaminam mais devem pagar” com o imposto sobre o carbono. Essa medida, crucial para o governo do Canadá, tem gerado um crescente descontentamento entre a população e a oposição conservadora, que promete eliminar o imposto caso retorne ao poder nas eleições do próximo ano.

A inflação em ascensão e o aumento da oposição conservadora nas pesquisas eleitorais têm abalado a política ambiental em vigor desde 2019. Nos últimos meses, Trudeau se viu pressionado a fazer concessões, como isentar o aquecimento a gás da cobrança do imposto por três anos. Essa mudança de postura do premier reflete a fragilidade de sua posição diante do crescente descontentamento popular.

O imposto sobre o carbono é a principal medida adotada pelo governo de Trudeau para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, visando cumprir os compromissos do país no Acordo de Paris. A partir de abril, haverá um aumento no valor cobrado por tonelada de carbono emitida, o que resultará em um aumento no preço da gasolina.

Além disso, sete províncias solicitaram a suspensão ou o cancelamento da medida, enquanto o líder conservador, Pierre Poilievre, tem usado o fim do imposto como uma de suas principais bandeiras de campanha. O descontentamento em relação ao imposto sobre o carbono beneficia a oposição, o que representa um desafio para Trudeau manter sua política ambiental.

Diante desse cenário, o próximo ano eleitoral se mostra incerto, com a economia e a luta contra as mudanças climáticas sendo temas centrais de debate. A decisão sobre o futuro do imposto sobre o carbono no Canadá terá um impacto significativo não apenas na política ambiental do país, mas também na agenda política de Trudeau para os próximos anos.

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