No centro da polêmica estão os investimentos financeiros feitos por Moro enquanto ainda estava no Podemos e realizava atos de pré-candidatura à Presidência da República. Os adversários políticos do senador alegam que os altos gastos realizados durante esse período resultaram em uma situação de “desvantagem ilícita” para os demais concorrentes ao cargo de senador pelo Paraná.
O advogado de defesa de Moro, Gustavo Guedes, refutou as acusações, alegando que os gastos foram inflados pela acusação e que não houve nenhuma irregularidade ou uso de caixa 2 nas eleições. Segundo Guedes, a acusação de abuso na pré-campanha é fruto de uma tese criativa e sem fundamentos claros.
Durante o julgamento, o advogado também relembrou a reputação e a popularidade de Moro, destacando o apoio que o ex-juiz da Lava Jato recebia da população antes de entrar para a política. A defesa do senador enfatizou a importância de separar o julgamento do caso em questão da atuação histórica de Moro no combate à corrupção.
O julgamento no TRE prossegue com a manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE), seguido pela votação dos magistrados, incluindo o relator Luciano Carrasco Falavinha Souza. Caso não haja conclusão no dia do julgamento, estão reservadas sessões adicionais nos dias 3 e 8 de abril para finalizar o processo. A decisão final sobre a cassação ou não do mandato de Sérgio Moro ainda é aguardada.