O senador Otto Alencar, responsável pelo requerimento de convocação de Arantes, destaca a importância deste depoimento para entender a postura da empresa diante dos riscos geológicos na região. Segundo Alencar, é fundamental que a Braskem esclareça se adotou medidas adequadas para mitigar esses riscos e como está lidando com as consequências do incidente, além de compensar as vítimas.
Alencar ressalta também a relevância das informações que serão trazidas por Arantes sobre as relações da Braskem com autoridades locais, órgãos reguladores e outras partes envolvidas no caso. O objetivo é investigar possíveis influências inadequadas, falta de transparência ou violações de normas regulatórias por parte da empresa.
A criação da CPI da Braskem, por requerimento do senador Renan Calheiros, visa investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da empresa no afundamento do solo em Maceió, considerado o maior acidente ambiental urbano já constatado no país. Mais de 200 mil alagoanos foram afetados pela destruição de quinze bairros na região.
Com um prazo até o dia 22 de maio para funcionar, a CPI conta com 11 membros titulares e 7 suplentes, que terão a responsabilidade de analisar todas as informações trazidas nos depoimentos, como o de Marcelo Arantes, a fim de apurar as responsabilidades da Braskem nesse caso e garantir a segurança das operações da empresa e a proteção das comunidades onde atua.