Foragidos da Penitenciária Federal em Mossoró são recapturados a 1,6 mil quilômetros de distância em Marabá após 50 dias em fuga.

Dois detentos que escaparam da Penitenciária Federal localizada em Mossoró, no Rio Grande do Norte, no dia 14 de fevereiro, foram finalmente recapturados nesta quinta-feira (4) na cidade de Marabá, no Pará. Após 50 dias em fuga, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram presos a uma distância de cerca de 1,6 mil quilômetros do presídio de segurança máxima.

A captura dos fugitivos foi realizada em uma ação conjunta entre as Polícias Federal e Rodoviária Federal. O Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu uma nota informando que Mendonça e Nascimento foram encontrados e presos em Marabá, encerrando a busca que se estendia desde a fuga ocorrida no início do mês de fevereiro.

A fuga dos detentos da Penitenciária Federal em Mossoró foi um acontecimento inédito no sistema penitenciário federal, que foi instituído em 2006 com o propósito de isolar lideranças de organizações criminosas e presos considerados de alta periculosidade. A investigação inicial indicou que os fugitivos utilizaram ferramentas encontradas dentro do presídio em meio a uma reforma interna para abrir um buraco em suas celas e escapar.

Após um extenso período investigativo, a corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais concluiu que não houve indícios de corrupção relacionados à fuga dos presos. Foram identificadas falhas nos procedimentos de segurança carcerária, mas não houve evidências de facilitação intencional por parte dos servidores da penitenciária.

Dez servidores estão sendo alvo de Processos Administrativos Disciplinares para aprofundar as investigações das falhas identificadas, enquanto outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta se comprometendo a seguir uma série de medidas para evitar reincidências. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fará um pronunciamento sobre o caso às 15 horas.

A prisão dos fugitivos em Marabá encerra um capítulo importante nessa saga que movimentou o sistema penitenciário federal no Brasil. O desfecho dessa situação traz um novo olhar para a segurança interna nas unidades prisionais e destaca a importância de revisões constantes nos procedimentos para evitar fugas e garantir a integridade do sistema.

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