A decisão de Maduro foi rapidamente criticada por Georgetown, que a classificou como uma “violação flagrante dos princípios mais fundamentais do direito internacional”. O governo guianês está preocupado com as ramificações dessa medida para sua soberania.
De acordo com a nova lei, a cidade de Tumeremo, localizada no estado venezuelano de Bolívar, seria o centro administrativo do estado da “Guiana Essequiba”. Além disso, a legislação prevê a punição daqueles que apoiarem a causa da Guiana, sendo declarados traidores e inabilitados politicamente.
Essa movimentação de Caracas, que também denunciou a presença de “bases militares secretas” dos Estados Unidos na região, reascendeu as chamas de uma antiga disputa territorial na região.
A tensão entre Venezuela e Guiana alcançou novos patamares após um referendo consultivo realizado em dezembro. Nesse referendo, mais de 95% da população apoiou a criação de uma província venezuelana na região disputada, a “Guiana Essequiba”.
Diante desse cenário, as autoridades da Guiana comunicaram que adotarão medidas para proteger sua soberania diante do avanço por parte da Venezuela. O presidente Irfaan Ali buscou apoio internacional e reforçou laços com países como Brasil, Reino Unido, França e Estados Unidos para lidar com a escalada do conflito.
A comunidade internacional observa com preocupação o desenrolar desse novo capítulo na disputa entre Venezuela e Guiana, e os esforços para evitar uma escalada militar na região são intensificados. Ambos os países têm histórico de tensões territoriais, e a situação atual exige uma solução diplomática para evitar um conflito armado de proporções maiores.