O projeto de lei (PL) 3.057/2021, originário da Câmara dos Deputados, foi recebido de forma positiva pelo senador Cid Gomes (PSB-CE), relator da proposta na Comissão de Educação e Cultura. Segundo o senador, a criação do Dia Nacional da Mulher Sambista é uma forma de dar visibilidade e reconhecer a importância das sambistas no cenário musical brasileiro.
Dona Ivone Lara, nascida possivelmente em 1921 na cidade do Rio de Janeiro, teve uma vida marcada pela música desde sua infância, influenciada pelo samba e choro ouvidos em sua família. Além disso, a bisneta de escravos teve uma educação musical no colégio interno após a morte de sua mãe, onde teve contato com hinos cívicos e coros regidos pelo maestro Heitor Villa-Lobos.
A artista foi pioneira ao escrever um samba-enredo para o Carnaval carioca em 1965, que marcou sua atuação no cenário musical brasileiro. Além de sua dedicação à música, Dona Ivone Lara também atuou como enfermeira, se aposentando aos 77 anos para se dedicar integralmente à sua carreira artística, lançando mais de dez álbuns ao longo de sua trajetória. Ela faleceu em 2018, aos 97 anos, devido a uma insuficiência cardiorrespiratória.
Com a instituição do Dia Nacional da Mulher Sambista, a cultura brasileira reconhece e homenageia não apenas Dona Ivone Lara, mas todas as mulheres que contribuíram e continuam contribuindo de forma significativa para o gênero musical do samba. A data representa um marco importante para destacar o papel das mulheres na história e preservação desse patrimônio cultural tão relevante para o país.
