A principal distinção entre o álcool 70% e o álcool 46,2% está na concentração do composto químico. As siglas presentes nas embalagens se referem ao Instituto Nacional de Pesos e Medidas, e o número informa a proporção da mistura entre água e álcool no produto. Por exemplo, o álcool 46,2% contém 46% de etanol puro e 54% de água.
Pesquisas científicas comprovaram que o álcool 70% possui uma ação antibactericida mais eficaz, se comparado ao álcool isopropílico com uma concentração de 99,6%. Isso ocorre devido à presença das moléculas de água, que facilitam a atuação do etanol no combate aos microrganismos, evitando a evaporação rápida do álcool.
A proibição da venda do álcool 70% na versão líquida foi estabelecida pela Anvisa devido ao alto potencial de inflamabilidade do produto. Já em 2002, o álcool 70% havia sido proibido devido ao elevado número de acidentes registrados. O médico Álvaro Pulchinelli, diretor técnico na toxicologia forense e médico toxicologista do Grupo Fleury, explica que o álcool 70% na forma líquida representa um risco significativo, especialmente para crianças, devido à sua alta inflamabilidade.
Essa medida tem como objetivo reduzir os riscos associados ao produto. Enquanto isso, o álcool em gel 70% continuará autorizado e disponível para venda no mercado. A decisão de proibir a comercialização do álcool 70% líquido visa proteger a população de potenciais acidentes e garantir a segurança dos consumidores.