Proibição da comercialização do álcool 70% líquido no Brasil a partir de 30 de abril gera debate sobre sua eficácia e diferenças com o álcool 46,2%.

A partir do dia 30 de abril, a comercialização do álcool 70% na versão líquida será proibida no Brasil. Essa decisão levanta questionamentos sobre as diferenças entre o álcool 70% e o álcool 46,2%, que continuará disponível para compra. Mas afinal, qual é a disparidade entre esses dois produtos?

A principal distinção entre o álcool 70% e o álcool 46,2% está na concentração do composto químico. As siglas presentes nas embalagens se referem ao Instituto Nacional de Pesos e Medidas, e o número informa a proporção da mistura entre água e álcool no produto. Por exemplo, o álcool 46,2% contém 46% de etanol puro e 54% de água.

Pesquisas científicas comprovaram que o álcool 70% possui uma ação antibactericida mais eficaz, se comparado ao álcool isopropílico com uma concentração de 99,6%. Isso ocorre devido à presença das moléculas de água, que facilitam a atuação do etanol no combate aos microrganismos, evitando a evaporação rápida do álcool.

A proibição da venda do álcool 70% na versão líquida foi estabelecida pela Anvisa devido ao alto potencial de inflamabilidade do produto. Já em 2002, o álcool 70% havia sido proibido devido ao elevado número de acidentes registrados. O médico Álvaro Pulchinelli, diretor técnico na toxicologia forense e médico toxicologista do Grupo Fleury, explica que o álcool 70% na forma líquida representa um risco significativo, especialmente para crianças, devido à sua alta inflamabilidade.

Essa medida tem como objetivo reduzir os riscos associados ao produto. Enquanto isso, o álcool em gel 70% continuará autorizado e disponível para venda no mercado. A decisão de proibir a comercialização do álcool 70% líquido visa proteger a população de potenciais acidentes e garantir a segurança dos consumidores.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo