Israel destitui major e coronel após ataque a comboio humanitário em Gaza, resultando na morte de voluntários da ONG.

O Exército de Israel divulgou, recentemente, os resultados da investigação sobre o ataque a um comboio humanitário que resultou na morte de sete voluntários da ONG World Central Kitchen (WCK) em Gaza. As autoridades militares destituíram um major e um coronel da reserva que estavam envolvidos no bombardeio, além de terem repreendido três generais que participaram da operação. A justificativa apresentada foi de que os oficiais que ordenaram o ataque violaram os protocolos do Exército, abrindo fogo com base em evidências insuficientes e erradas de que um dos passageiros estava armado. Esse erro grave resultou de uma falha de identificação equivocada, erros na tomada de decisões e desrespeito aos procedimentos operacionais.

Segundo a investigação supervisionada pelo general da reserva Yoav Har-Even, os militares erraram ao interpretar um objeto pendurado no pescoço de um dos voluntários como uma arma, que, na verdade, era uma bolsa ou sacola. Alguns voluntários da WCK conseguiram sobreviver ao bombardeio do primeiro veículo e se refugiaram no segundo carro, que também foi atingido pelos israelenses.

Diante dessas conclusões, a WCK criticou a falta de credibilidade do governo israelense e renovou os pedidos por uma investigação independente. Tanto os Estados Unidos quanto o Reino Unido afirmaram que analisarão minuciosamente as conclusões apresentadas por Israel. O chanceler britânico, David Cameron, enfatizou a necessidade de revisão dos protocolos israelenses para garantir a segurança dos trabalhadores humanitários em Gaza.

Agora, o Exército de Israel encaminhará as conclusões aos promotores militares para avaliar se haverá consequências criminais para os responsáveis. Além disso, está sendo avaliada a possibilidade de transferência ou expulsão dos dois oficiais destituídos para outras funções. A pressão sobre Israel tem aumentado significativamente após o trágico incidente envolvendo o comboio humanitário e as mortes dos voluntários da WCK em Gaza.

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