Eleições legislativas na Coreia do Sul: plebiscito sobre presidente e agenda conservadora em disputa polarizada.

Os sul-coreanos foram às urnas nesta quarta-feira (10) para participar das eleições legislativas, que são consideradas um plebiscito sobre o presidente Yoon Suk Yeol e sua agenda conservadora. A campanha eleitoral foi extremamente polarizada, com o Partido Democrata, de Lee Jae-myung, rival de Yoon e ferido em um ataque há três meses, buscando reforçar sua maioria na Assembleia Nacional.

As seções eleitorais abriram às 6h locais e fecharão às 18h, com os resultados previstos para serem divulgados na madrugada de quinta-feira. O presidente Yoon, que venceu as eleições presidenciais de 2022 por uma margem estreita, tem enfrentado desafios em seu governo devido à sua impopularidade e à falta de apoio no Parlamento.

Desde que assumiu o cargo, Yoon tem adotado uma política dura em relação à Coreia do Norte, fortalecendo laços com os Estados Unidos e se aproximando do Japão. No entanto, sua aprovação tem permanecido constantemente abaixo dos 30%, com críticas à falta de progresso em questões internas como política e economia.

O eleitorado sul-coreano, composto por 51 milhões de habitantes, apresenta uma divisão geracional, com os conservadores mais representados entre os eleitores acima de 60 anos. Enquanto os jovens estão desencantados com a classe política e sua desconexão com suas preocupações, como dificuldades econômicas, alta competitividade acadêmica e preços elevados dos imóveis.

O tom acirrado da campanha, marcado por discursos de ódio e desinformação digital, afastou muitos eleitores. Além disso, um novo partido, Reconstruindo Coreia, liderado por Cho Kuk, pode ter um papel fundamental na nova Assembleia, ao lado do Partido Democrata e do Partido do Poder Popular, de Yoon.

Com a evolução do cenário político na Coreia do Sul, a votação das eleições legislativas é aguardada com expectativa para determinar os rumos do país nos próximos anos. A decisão final dos eleitores será crucial para definir o equilíbrio de poder e as políticas que serão adotadas em relação aos desafios internos e externos que o país enfrenta.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo