Girão expressou sua opinião de que essa decisão do TRE-PR serve como um alerta sobre o que ele chamou de “perseguição política aos parlamentares que se opõem ao sistema dominante e carcomido do Brasil”. O senador destacou que os dois votos a favor da cassação de Moro foram dos desembargadores indicados pelo presidente Lula, o que, para ele, revela um viés político na decisão.
O relator do processo, desembargador Luciano Souza, votou a favor da absolvição de Moro e destacou a visibilidade alcançada pelo senador devido ao seu trabalho como juiz da Lava Jato e como ministro da Justiça, fatores que contribuíram significativamente para sua eleição ao Senado com quase 2 milhões de votos.
Além disso, Girão citou o caso do senador Jorge Seif do PL de Santa Catarina, que também enfrentou uma ameaça de cassação, mas foi absolvido por seis votos a zero pelo TRE-SC. O senador ainda criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por agir, segundo ele, como um “partido político” durante as últimas eleições, beneficiando explicitamente a candidatura do presidente Lula.
Diante desse cenário, Girão afirmou que o Senado está sendo desmoralizado pelo TSE e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ressaltou a responsabilidade histórica da instituição de não se calar diante dos abusos praticados. Ele chamou atenção para a necessidade de o Senado se posicionar e garantir o equilíbrio entre os Poderes, questionando a interferência do STF e do TSE nas funções legislativas do Senado.
O senador conclamou seus colegas a se unirem em defesa da instituição e a agirem contra os constantes desrespeitos sofridos pelo Senado, reforçando a importância de manter a integridade e independência do Poder Legislativo. Esse episódio coloca em evidência as tensões e conflitos entre os poderes no cenário político atual, sinalizando desafios para a democracia brasileira.