A ministra mexicana das Relações Exteriores, Alicia Bárcena, enfatizou a necessidade de garantir a reparação do dano moral infligido ao Estado mexicano e aos seus cidadãos, durante uma coletiva de imprensa com o presidente Andrés Manuel López Obrador. A invasão da embaixada ocorreu sob a alegação de capturar Jorge Glas, que havia recebido asilo político do México e foi agredido durante a operação.
Com base nesse incidente, o governo mexicano rompeu relações com o Equador e optou por iniciar o processo na CIJ. O objetivo principal é estabelecer um precedente para a expulsão definitiva de um país que atue de maneira semelhante do sistema das Nações Unidas. O presidente López Obrador destacou a importância da agilidade da justiça e da garantia da imunidade diplomática para evitar violações do direito internacional.
O consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores mexicano, Alejandro Celorio, expressou otimismo em relação ao apoio do direito internacional ao México no processo em andamento na CIJ. O país espera que outras nações se posicionem a favor de seus argumentos, considerando que a invasão da embaixada foi condenada pela OEA.
Alejandro Celorio ressaltou a importância de garantir a inviolabilidade das sedes diplomáticas e a segurança dos funcionários, solicitando à CIJ que ordene o Equador a respeitar tais princípios. Além disso, a ministra Bárcena afirmou que a violação da Convenção de Caracas sobre asilo político seria tratada separadamente em outro processo.
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha tenta entrar em contato com Jorge Glas, que também possui nacionalidade alemã e está em greve de fome. O ex-vice-presidente equatoriano foi condenado a oito anos de prisão por corrupção e se refugiou na embaixada mexicana após ser libertado em liberdade condicional. A situação promete desdobramentos significativos nos próximos dias.