Durante uma reunião com representantes do governo de Minas Gerais, Pacheco ressaltou a importância de permitir que os estados tenham liberdade na definição dos projetos a serem executados em troca dos benefícios da renegociação. Ele destacou que essa flexibilidade é fundamental para atender às demandas específicas de cada região, possibilitando que estados que já investem em educação priorizem a infraestrutura e vice-versa.
A proposta inicial do Ministério da Fazenda apresentada no final de março, denominada Programa Juntos por Educação, sugere a redução dos juros das dívidas dos estados que focarem seus investimentos no ensino técnico. Pacheco elogiou a iniciativa, ressaltando que a proposta originou-se do governo mineiro e pode beneficiar estados que já têm um histórico de investimento no ensino profissionalizante.
Além disso, o presidente do Senado defendeu a possibilidade de que a entrega de ativos estaduais, como ações de estatais locais, possa ser contada em dobro para efeito de descontos na dívida com a União. Ele também propôs que a renegociação das dívidas dos estados siga os moldes do Programa de Recuperação Fiscal, permitindo descontos proporcionais ao pagamento antecipado.
A expectativa é de que o projeto de renegociação da dívida dos estados seja enviado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no final do mês, após sua participação em reuniões internacionais nos Estados Unidos. Haddad destacou a importância de garantir que a renegociação não prejudique as contas da União, mas se mostrou aberto a soluções que possam beneficiar os estados sem gerar desequilíbrios financeiros.