Operação do MP de São Paulo desmantela esquema de fraudes em licitações com conexão ao PCC em 12 municípios do estado

Na manhã desta terça-feira, o Ministério Público (MP) de São Paulo deflagrou uma operação com o intuito de desmantelar um suposto esquema de fraudes em licitações ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação resultou na expedição de 15 mandados de prisão, sendo três deles direcionados a vereadores da região do Alto Tietê e litoral paulista, além da realização de 42 ordens de busca e apreensão.

De acordo com os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o esquema fraudulento era responsável por manipular licitações em 12 municípios paulistas, abrangendo a capital, cidades da Grande São Paulo, interior e Baixada Santista. Os contratos direcionados pelos integrantes do esquema visavam atender aos interesses da facção criminosa, ocasionando crimes como corrupção de agentes públicos, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

A ação do MP de São Paulo não é um caso isolado, já que na semana anterior foi lançada a Operação Fim de Linha, a partir de investigações que apontaram a participação do PCC em empresas de ônibus concessionárias do transporte público na capital paulista. Quatro mandados de prisão foram cumpridos e a prefeitura de São Paulo tomou a decisão de assumir a gestão de duas empresas envolvidas com a facção criminosa, a UpBus e a Transwolff, que juntas transportam aproximadamente 650 mil passageiros diariamente.

A medida adotada pela prefeitura teve como objetivo evitar a interrupção dos serviços prestados à população, considerando que as companhias receberam mais de R$ 800 milhões em remuneração por contratos realizados com a prefeitura de São Paulo em 2023. A ação do Ministério Público evidencia a determinação das autoridades em combater atividades ilícitas que prejudicam a lisura e transparência no ambiente público, buscando proteger os interesses da sociedade e promover a justiça.

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