Segundo os senadores Richard Blumenthal (democrata) e Ron Johnson (republicano), o denunciante alertou sobre “deficiências de produção alarmantes e perigosas que criam riscos de segurança potencialmente catastróficos” na Boeing. De acordo com os senadores, a prioridade aos lucros em detrimento da segurança é um comportamento corriqueiro das grandes empresas.
O engenheiro de qualidade da Boeing, Sam Salehpour, entrou em contato com a agência reguladora da aviação civil dos EUA (FAA) para reportar preocupações sobre a segurança dos modelos Dreamliner e do 777. Salehpour afirmou que a fabricante vem ignorando graves inquietações quanto à segurança e controle de qualidade na construção desses aviões.
Salehpour apontou deficiências no processo de montagem do Dreamliner que poderiam causar deformação nos materiais e comprometer o funcionamento a longo prazo. Já em relação ao 777, ele denunciou que novos procedimentos de montagem foram implementados sem o devido redesenho das peças, resultando em um mau alinhamento e representando um grave risco à segurança.
A Boeing rapidamente rejeitou as acusações e declarou confiança na segurança e durabilidade dos modelos 787 e 777. A companhia afirmou que os testes realizados não apontaram evidências de falhas de segurança consideráveis e que todas as aeronaves em operação atendem às diretrizes de navegabilidade.
Apesar das declarações da Boeing, a FAA abriu uma investigação sobre os modelos em questão. Os senadores e demais autoridades estão atentos aos desdobramentos desta audiência e das investigações em curso. A segurança dos passageiros e tripulações a bordo dos aviões comerciais da Boeing é uma prioridade absoluta e qualquer risco potencial deve ser cuidadosamente avaliado e corrigido.
