A detecção da infecção por HTLV é feita por meio de exames sanguíneos que são categorizados de acordo com o tipo de resultado que fornecem. Esses testes, como ELISA, PCR e Western Blot (WB), já estavam disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para outras finalidades, mas agora serão utilizados especificamente para a detecção do HTLV em gestantes.
A decisão de incluir esses testes para gestantes foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que avaliou a eficácia e segurança do procedimento. Durante a 16ª Reunião Extraordinária da Comissão, foi discutido que a implementação no SUS poderia ser feita utilizando recursos já disponíveis, uma vez que os testes para detecção do HTLV já são realizados fora do programa de triagem pré-natal.
Essa medida está alinhada com os objetivos e metas propostos pelo Comitê Interministerial para a Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas (Ciedds), que visa promover ações para acelerar a eliminação de doenças que representam problemas de saúde pública no Brasil até 2030. O HTLV é considerado um dos cinco agravos prioritários para a eliminação da transmissão vertical, ao lado de sífilis, hepatite B, HIV e doença de Chagas.
Com isso, o Brasil reforça seu compromisso em reduzir a incidência dessas doenças e melhorar a saúde materno-infantil, demonstrando preocupação com a prevenção e cuidados durante a gestação. A implementação dos testes de HTLV para gestantes no SUS traz benefícios significativos para a saúde pública e a qualidade de vida das mulheres e crianças no país.