O processo de seleção resultou em sete pessoas sendo escolhidas para compor o Grande Júri, representando um terço do total necessário para iniciar o julgamento. Esperava-se que essa fase durasse cerca de duas semanas, mas tem avançado de forma surpreendentemente rápida. Isso vai de encontro aos objetivos da defesa de Trump, que busca adiar o caso visando as eleições de novembro, onde ele disputa a presidência contra Joe Biden.
O juiz Juan Merchan tem conduzido as entrevistas diárias com dezenas de cidadãos nova-iorquinos, que são interrogados individualmente. A maioria dos potenciais jurados não chega a completar o questionário, seja por admitirem sua impossibilidade de julgar com imparcialidade devido a convicções sobre o ex-presidente ou por outros compromissos.
A defesa e a promotoria têm a possibilidade de dispensar candidatos após entrevistas curtas, e a presença de conteúdos antigos nas redes sociais tem sido um ponto-chave nesse processo. Alguns potenciais jurados foram excluídos por conta de publicações relacionadas ao ex-presidente, o que levantou discussões sobre o uso desses dados como critério decisivo para avaliar as convicções políticas.
O caso contra Trump envolve a suspeita de fraude em registros contábeis para ocultar um pagamento feito para evitar a divulgação de um relacionamento extraconjugal. Se condenado, o ex-presidente pode enfrentar até quatro anos de prisão. A defesa segue impondo obstáculos na difícil tarefa de formar um júri imparcial em um ambiente fortemente democrata como Nova York.