Senador Plínio Valério analisa proposta de autonomia do Banco Central em PEC 65/2023 e promete entregar relatório em maio.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) está envolvido em discussões importantes sobre a proposta de emenda à Constituição que busca conceder independência orçamentária e financeira para o Banco Central. O parlamentar atua como relator da PEC 65/2023 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e tem como compromisso apresentar seu relatório em maio deste ano. Durante seu pronunciamento nesta quarta-feira (17), Plínio Valério mencionou que o governo federal ainda não se posicionou oficialmente sobre a proposta, deixando em aberto a sua concordância ou discordância em relação ao texto apresentado pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

A PEC 65/2023 tem como objetivo garantir autonomia financeira e fiscal para o Banco Central, mantendo o Conselho Monetário Nacional com suas funções atuais em relação à política monetária. O senador ressaltou a importância de manter o controle e a fiscalização por parte dos senadores, mesmo com a possível alteração na estrutura do BC.

Vale destacar que a Lei Complementar 179 já confere autonomia operacional ao Banco Central, estabelecendo mandatos de quatro anos para o presidente e os diretores da instituição. O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi o primeiro a exercer o cargo após a sanção da referida lei, que tem recebido reconhecimento internacional pela forma como a autonomia foi implantada.

Plínio Valério também abordou a necessidade de antecipar a indicação do sucessor de Campos Neto, visando um processo de transição mais tranquilo e transparente. O senador foi responsável pelo projeto que originou a lei de autonomia operacional do Banco Central e defende que a autonomia orçamentária e financeira representa uma segunda fase de modernização da autoridade monetária.

A proposta da PEC 65/2023 prevê mudanças significativas na estrutura do Banco Central, transformando-o de uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda em uma empresa pública com autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira. O Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), seria responsável por fiscalizar as atividades do BC, garantindo a legalidade, legitimidade e economicidade de suas ações.

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