Entre os estaleiros ativos, mas sem projetos em andamento, destacam-se dois dos maiores do país: Enseada, na Bahia, e o Atlântico Sul, em Pernambuco. Esses dois estaleiros possuem capacidade para processar mais de 200 mil toneladas de aço por ano, o que representa cerca de 40% da capacidade instalada na indústria naval brasileira.
Além disso, estaleiros de grande porte como o QGI, no Rio Grande do Norte, e o Brasa, no Rio de Janeiro, também estão enfrentando dificuldades e se encontram, respectivamente, sem demanda ou desativados. A Petrobras, principal operadora petrolífera do país, participou ativamente do levantamento e ressaltou a importância do setor naval para a demanda interna.
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, destacou que a indústria naval é fundamental para atender às necessidades do setor de petróleo, além de outros segmentos como energia eólica e logística. A Petrobras tem planos de investir em novos projetos, como a construção das plataformas P84 e P85, e a contratação de embarcações de apoio.
Durante um evento, Prates defendeu a criação de um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Mar para estimular a indústria naval e atrair investimentos para o setor. Ele ressaltou a importância de uma demanda bem mapeada, contratos sólidos e financiamento adequado para impulsionar a atividade dos estaleiros brasileiros.
Diante desse cenário desafiador, o setor naval no Brasil busca alternativas e soluções para superar as dificuldades atuais e retomar o crescimento e a competitividade no mercado nacional e internacional.