EUA vetam admissão da Palestina na ONU em meio a conflito com Israel e delegação palestina defende reconhecimento para paz.

Os Estados Unidos vetaram a resolução no Conselho de Segurança para a admissão da Palestina como membro das Nações Unidas. Esta decisão foi tomada em conformidade com a postura histórica de Washington de priorizar discussões políticas envolvendo Israel antes de qualquer reconhecimento do Estado palestino. O país foi o único a se opor à resolução, que recebeu o apoio de 12 países, com duas abstenções.

A resolução, apresentada pela Argélia, pedia a admissão do Estado da Palestina como membro das Nações Unidas. Para ser aprovada, o texto necessitava de pelo menos nove votos dos 15 membros do Conselho de Segurança e não poderia ser vetada pelos membros permanentes. Caso fosse aprovada, seguiria para a Assembleia-Geral, onde precisaria obter dois terços dos votos para ser ratificada.

Antes da votação, o representante palestino na ONU destacou a importância da admissão do Estado palestino como membro pleno da organização, afirmando que isso abriria caminho para a paz verdadeira através da justiça. Ele ressaltou o contexto de guerra na Faixa de Gaza e a necessidade de justiça para o povo palestino.

A Palestina atualmente possui status de país observador permanente na ONU, o que lhe permite participar das atividades da organização, mas não tem direito a voto em resoluções e decisões cruciais. O pedido de adesão plena foi submetido anteriormente ao secretário-geral e à Comissão de Admissão de Estados-Membros.

Durante a votação, 12 países do Conselho de Segurança votaram a favor da admissão da Palestina, enquanto o Reino Unido e a Suíça se abstiveram. Os EUA exerceram seu direito de veto, argumentando que a solução para o conflito Israel-Palestina deve ser alcançada por meio de negociações diretas entre as partes.

A decisão do veto americano gerou críticas do embaixador russo na ONU, que acusou os EUA de buscar submeter os palestinos a uma força de ocupação. No entanto, o governo dos EUA reiterou sua posição de que ações unilaterais não contribuirão para a resolução do conflito.

A questão da admissão da Palestina como membro pleno das Nações Unidas é complexa e envolve considerações políticas, históricas e de segurança. Enquanto isso, a comunidade internacional continua a debater a melhor forma de promover a paz e a estabilidade na região do Oriente Médio, levando em consideração os interesses de todas as partes envolvidas.

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