Naufrágio em Bragança: PF mantém protocolo para identificação de corpos encontrados cinco dias após o acidente.

No último sábado, 13 de abril, pescadores localizaram um barco naufragado na Baía do Maraú, em Bragança, a 215 km de Belém. No local, foram encontrados nove corpos, que permanecem aguardando identificação pela Polícia Federal (PF) e pela Polícia Científica do Pará. Após cinco dias desde o achado, os peritos ainda não conseguiram determinar um prazo para conclusão desse processo.

A dificuldade em estabelecer um prazo se deve à suspeita de que as vítimas poderiam ser provenientes de países africanos, como Mauritânia e Mali. A migração dessas pessoas é uma questão humanitária complexa, com milhares de desaparecidos e falta de dados estruturados, o que torna difícil estimar o tempo necessário para a identificação dos corpos.

Enquanto isso, os corpos foram temporariamente sepultados em Belém, aguardando a confirmação de suas identidades. A hipótese de que essas pessoas sejam africanas foi levantada com base nos objetos encontrados no barco naufragado. Entre esses objetos estavam 27 celulares, que foram encaminhados para exames periciais, além de capas de chuva e documentos que podem fornecer informações sobre a origem das vítimas.

A Polícia Federal está investigando o caso e contará com a cooperação internacional para tentar identificar os ocupantes da embarcação. Mesmo que a possibilidade de o barco ter partido da África seja considerada pouco provável por especialistas, os exames e análises continuam avançando para esclarecer o mistério.

Os peritos estão agora enviando os dados obtidos nos exames para Brasília, onde serão realizadas novas etapas do processo de identificação, com a colaboração do Instituto Nacional de Criminalística e Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal, além do apoio da Interpol e de organismos internacionais. A identificação das vítimas é um processo complexo e demorado, mas a PF garante que está empenhada em realizar a tarefa no menor tempo possível.

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