O caso que motivou a fala do senador foi a prisão do ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, Felipe Martins, ocorrida no dia 8 de fevereiro durante a Operação Tempus Veritatis no Paraná. Girão alega que a prisão de Martins está rodeada de abusos, com destaque para a falta de comunicação com os advogados do detido. Segundo o senador, os advogados de Martins tentaram agendar uma visita ao cliente na Polícia Federal em Curitiba, mas foram informados de que ele havia sido transferido, sem aviso prévio, para o Complexo Penal de Pinhais.
O parlamentar criticou a condução do caso pelo ministro Alexandre de Moraes, apontando que a transferência de Martins não seguiu o procedimento padrão, ignorando a solicitação de advogados, familiares ou membros do Ministério Público. Girão afirmou que desde o início do Inquérito das Fake News, o Brasil tem presenciado um rompimento do Estado democrático de direito e uma série de arbitrariedades.
Girão também destacou a atuação de Moraes no inquérito, acusando-o de interferir nas atividades do Ministério Público e na Polícia Federal, agindo de forma questionável e sem respeitar os princípios democráticos. O senador ressaltou que o mundo está acompanhando atentamente a situação no Brasil e que é necessário garantir o respeito às garantias individuais e aos direitos dos parlamentares.
A questão levantada por Girão traz à tona um debate importante sobre o papel das instituições no país e a necessidade de respeitar os princípios democráticos e os direitos humanos. A solicitação do senador para que os senadores possam visitar presos políticos mostra a preocupação com o respeito às garantias individuais e a transparência no sistema judiciário brasileiro. É fundamental que esse debate seja ampliado e que se busque soluções que garantam o equilíbrio entre a segurança pública e o respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos.