Anvisa mantém proibição de cigarros eletrônicos no Brasil, gerando elogios e destaque internacional pela decisão contra o avanço do tabagismo

**Anvisa mantém proibição de cigarros eletrônicos no Brasil**

Na última sexta-feira, a Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa, com três votos a favor até o momento, maioria simples dos cinco componentes, aprovou o texto que mantém os cigarros eletrônicos proibidos no Brasil. A decisão foi elogiada por especialistas consultados pelo jornal Globo, que destacaram os riscos potenciais desses aparelhos em induzir à dependência pessoas que nunca fumaram, especialmente os mais jovens, colocando em risco os avanços conquistados pelo país na luta contra o tabagismo.

A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, expressou seu contentamento com a decisão, ressaltando o papel exemplar que o Brasil desempenha na proteção da saúde pública. O vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Cláudio Maierovitch, elogiou a postura da Anvisa e ressaltou o alinhamento do Brasil com as diretrizes internacionais para o controle do tabagismo.

Há 35 anos, 34,8% da população adulta no Brasil era fumante, segundo a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição de 1989. Esse número tem diminuído ao longo dos anos devido a medidas como aumento de impostos e proibição da publicidade, chegando a menos de 10% em 2018. No entanto, o uso de cigarros eletrônicos tem apresentado um crescimento expressivo, com 2,9 milhões de adultos utilizando os dispositivos em 2023, um aumento de 600% em quatro anos.

Especialistas como a diretora-geral da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) Promoção da Saúde, Mônica Andreis, enfatizaram que os cigarros eletrônicos são prejudiciais à saúde, em especial dos jovens, e que já existem evidências claras dos danos relacionados a esses aparelhos. A Orientação Mundial da Saúde (OMS) também se manifestou contrária à substituição dos cigarros convencionais pelos eletrônicos, destacando a falta de benefícios comprovados para a saúde pública.

Em suma, a decisão da Anvisa de manter a proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil é acolhida com apoio pela comunidade científica e de saúde, que reconhece a importância de preservar os avanços conquistados na redução do tabagismo no país e de proteger os cidadãos, especialmente os mais jovens, dos potenciais danos à saúde causados por esses dispositivos.

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