Ataques israelenses causam explosões no Irã em represália a drones lançados por Teerã contra Israel, dizem fontes dos EUA

Nesta sexta-feira, uma série de explosões abalou a região central do Irã, em um episódio que fontes de alto escalonamento do governo dos Estados Unidos atribuíram a um ataque israelense em retaliação aos drones e mísseis disparados por Teerã contra Israel no sábado anterior.

Segundo a agência de notícias iraniana Fars, três explosões foram registradas perto da base militar de Shekari, do aeroporto de Isfahan e da cidade de Qahjavarestan, no centro do país. A defesa aérea iraniana conseguiu derrubar vários drones, mas até o momento não detectou um ataque com mísseis.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, não fez menção às explosões em seu discurso no nordeste do país, que ocorreu horas após os incidentes. Por outro lado, a agência de notícias Tasnim, citando fontes bem informadas, negou que o país tenha sofrido um ataque externo.

O contexto das explosões é marcado por crescente tensão entre Irã e Israel, com promessas mútuas de retaliação. A guerra em Gaza também é um pano de fundo para esses conflitos.

Mídia americana, como o canal CNN, confirmou o ataque israelense ao território iraniano, informando que Israel alertou os Estados Unidos previamente sobre a operação. As explosões foram uma resposta ao ataque iraniano anterior contra Israel.

As reações internacionais não demoraram a surgir. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, presidiu uma reunião do G7 em Capri e pediu uma “desescalada” na situação. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, absteve-se de comentar as explosões.

O conflito despertou temores de uma expansão regional, com relatos de explosões no sul da Síria, aliado de Teerã. O Exército israelense ativa sirenes antiaéreas na fronteira com o Líbano, cenário frequente de confrontos com o movimento Hezbollah, que tem ligações com o Irã.

Os ministros do G7 manifestaram sua oposição a uma grande operação militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, temendo consequências catastróficas para a população civil. A situação continua a evoluir, com múltiplos atores internacionais tentando conter a escalada do conflito.

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