Mulher presa por tentativa de fraude em banco é parente biológica de idoso falecido encontrado sem vida na agência.

Em um desdobramento chocante do caso envolvendo a prisão de Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, acusada de tentar retirar um empréstimo de R$ 17 mil de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, logo após a sua morte, surge uma reviravolta. Sua irmã, Rafaela de Souza Vieira Nunes, de 41 anos, veio a público para revelar detalhes surpreendentes sobre a relação de parentesco entre eles.

Em depoimento à polícia, Rafaela afirmou que tanto ela quanto Érika são parentes biológicas de Paulo Roberto Braga. Além disso, ela explicou que o idoso morava com Érika há alguns anos e que era a única pessoa que o visitava durante períodos de internação. A confusão sobre o parentesco teria surgido devido a uma alteração no registro de nascimento deles, onde Paulo foi registrado com o nome da mãe, enquanto Érika e Rafaela foram registradas com o nome da avó. Portanto, civilmente Paulo seria primo das duas, mas biologicamente ele seria tio delas.

Rafaela descreveu Paulo como uma pessoa ativa até sua última internação, que precedeu sua morte na terça-feira, dia 16. Ele foi internado na UPA de Bangu com pneumonia e estava extremamente debilitado. Segundo ela, o tio não tinha esposa, filhos e era alcoólatra.

O desenrolar dos acontecimentos trágicos culminou na tentativa de Érika de obter um empréstimo após a morte de Paulo, o que gerou acusações de vilipêndio a cadáver e furto mediante fraude. No entanto, a defesa de Érika alega que os fatos não ocorreram como narrados, sustentando que Paulo chegou à agência bancária vivo e que testemunhas serão ouvidas para esclarecer os eventos daquele dia.

A batalha judicial em torno do caso envolve pedidos de liberdade provisória, baseados em laudos médicos sobre a saúde mental de Érika, assim como argumentos sobre suas responsabilidades familiares, voltadas para garantir sua prisão domiciliar. A defesa destaca que Érika é primária, tem bons antecedentes e nenhuma intenção de fugir de possíveis consequências legais.

Enquanto o desfecho do caso aguarda nos tribunais, o mistério em torno da relação de parentesco entre as partes envolvidas continua a intrigar os investigadores e a comunidade local. A história de Érika, Rafaela e Paulo Roberto Braga é marcada por reviravoltas e tragédias, levantando questionamentos sobre a complexidade das relações familiares e os desafios enfrentados por quem assume a responsabilidade pelos cuidados de parentes fragilizados.

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