Em uma carta direcionada ao grupo de publicidade JCDecaux, responsável pela veiculação dos anúncios, a autoridade municipal manifestou sua preocupação com a presença do livro nas ruas de Paris. Em resposta, o grupo publicitário informou que já estava procedendo com a retirada dos cartazes da obra em questão.
O livro, escrito por Dora Moutot, jornalista, e Marguerite Stern, ex-ativista do Femen, grupo feminista radical, propõe uma análise crítica do movimento trans, defendendo a ideia de que menores devem ter acesso a terapias para interrupção da puberdade.
A controvérsia em torno do tema gerou debates acalorados, envolvendo não apenas grupos conservadores e associações LGBTQIA+, mas também a comunidade médica e as próprias feministas. Alguns ativistas defendem que o movimento trans esteja prejudicando as reivindicações históricas das mulheres, enquanto outros argumentam que essa luta também se estende às pessoas transgênero.
A autora da saga Harry Potter, JK Rowling, é uma das vozes feministas que se opõem ao movimento trans. Recentemente, ela desafiou publicamente a polícia escocesa a prendê-la, após uma lei contra “incitamento ao ódio” causar polêmica na Escócia. Enquanto isso, a Alemanha simplificou a redesignação de gênero e a França exige justificativas para solicitações de mudança de sexo nos documentos de identidade. Enquanto isso, a controvérsia em relação ao acesso de menores a terapias de alteração de gênero continua em destaque.