Entre as vítimas, destaca-se uma mãe grávida de 30 semanas que, mesmo após a fatalidade que lhe foi imposta, deu à luz uma pequena e frágil bebê por meio de uma cesariana de emergência. A pequena sobrevivente, pesando apenas 1,4 kg, foi submetida a cuidados intensivos em uma incubadora no hospital de Rafah.
O médico responsável pelo caso, Mohammed Salama, relatou que a bebê estava estável e demonstrava melhoras progressivas. No entanto, a situação da recém-nascida é marcada pela tragédia, pois além de vir ao mundo sob condições extremamente adversas, ela agora precisa enfrentar a dura realidade de ser órfã.
Uma fita adesiva presa ao peito da criança identifica-a como o “bebê da mártir Sabreen Al-Sakani”, um lembrete doloroso da perda que a pequena já carrega consigo. O médico Salama indicou que a bebê deverá permanecer sob cuidados hospitalares por mais algumas semanas antes de ser avaliada para a alta.
No entanto, a questão que permanece é para onde essa criança irá após deixar o hospital. O destino da bebê, agora privada do amparo dos pais, é incerto e a comunidade local se mobiliza para encontrar uma solução que garanta o seu bem-estar e seu futuro.
A história dessa pequena sobrevivente é um retrato doloroso das consequências dos conflitos na região, onde vidas são ceifadas em um cenário de violência e desamparo. Que a jornada dessa bebê seja marcada não apenas pela tragédia que lhe deu origem, mas também pela esperança de um futuro digno e acolhedor.