Desmatamento no Brasil: um futuro sombrio em jogo caso as ações não sejam urgentes e efetivas para salvar o planeta

O mês de março bateu recorde de calor no mundo pelo décimo mês consecutivo. Esse fenômeno foi pauta de diversas discussões no 22º Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente, promovido pela Associação de Membros do Ministério Público do Meio Ambiente (Abrampa), que ocorreu entre os dias 24 e 26 de abril, em Belém, no Pará. O tema em destaque foi “Amazônia e Mudanças Climáticas: uma atuação socioambiental estratégica e integrada”.

Mais de 30 especialistas estiveram presentes no evento para discutir os desafios e soluções para lidar com os impactos das mudanças climáticas. O presidente da Abrampa, Alexandre Gaio, destacou a falta de seriedade com que o Brasil lida com questões ambientais, além do crescimento do crime organizado e a falta de proteção para ativistas e comunidades tradicionais.

Durante a entrevista concedida à Agência Brasil, Gaio ressaltou a importância do congresso para propor medidas práticas e efetivas de proteção do meio ambiente no Brasil. Ele enfatizou que os congressos da Abrampa não se limitam a trazer diagnósticos, mas também proposições do que precisa ser feito para enfrentar os problemas levantados.

Outro ponto abordado foi a criminalidade ambiental organizada, que tem se mostrado um desafio cada vez mais complexo de lidar. Gaio destacou a necessidade de atuação conjunta entre Ministérios Públicos, órgãos de Segurança Pública e fiscalização ambiental para combater essas redes ilícitas.

Além disso, o presidente da Abrampa ressaltou a importância de proteger ativistas e comunidades tradicionais, que desempenham um papel fundamental na defesa do meio ambiente. Ele apontou a necessidade de um tratamento mais adequado para esses casos de agressões e violências, bem como a importância de conscientizar a sociedade sobre a gravidade dos crimes ambientais.

Em relação às comunidades tradicionais, Gaio enfatizou a importância de ouvir suas demandas e protegê-las de pressões externas, como grileiros e proprietários de terras. Ele destacou a necessidade de garantir a consulta prévia e livre a essas populações antes de qualquer atividade que possa afetar seus modos de vida.

Por fim, o presidente da Abrampa alertou para os desafios enfrentados pelo Brasil na proteção do meio ambiente e na luta contra as mudanças climáticas. Ele ressaltou a importância de cumprir as metas estabelecidas internacionalmente pelo Acordo de Paris e a necessidade de uma atuação mais efetiva do poder público e da sociedade para enfrentar esses desafios.

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