Mais de 30 especialistas estiveram presentes no evento para discutir os desafios e soluções para lidar com os impactos das mudanças climáticas. O presidente da Abrampa, Alexandre Gaio, destacou a falta de seriedade com que o Brasil lida com questões ambientais, além do crescimento do crime organizado e a falta de proteção para ativistas e comunidades tradicionais.
Durante a entrevista concedida à Agência Brasil, Gaio ressaltou a importância do congresso para propor medidas práticas e efetivas de proteção do meio ambiente no Brasil. Ele enfatizou que os congressos da Abrampa não se limitam a trazer diagnósticos, mas também proposições do que precisa ser feito para enfrentar os problemas levantados.
Outro ponto abordado foi a criminalidade ambiental organizada, que tem se mostrado um desafio cada vez mais complexo de lidar. Gaio destacou a necessidade de atuação conjunta entre Ministérios Públicos, órgãos de Segurança Pública e fiscalização ambiental para combater essas redes ilícitas.
Além disso, o presidente da Abrampa ressaltou a importância de proteger ativistas e comunidades tradicionais, que desempenham um papel fundamental na defesa do meio ambiente. Ele apontou a necessidade de um tratamento mais adequado para esses casos de agressões e violências, bem como a importância de conscientizar a sociedade sobre a gravidade dos crimes ambientais.
Em relação às comunidades tradicionais, Gaio enfatizou a importância de ouvir suas demandas e protegê-las de pressões externas, como grileiros e proprietários de terras. Ele destacou a necessidade de garantir a consulta prévia e livre a essas populações antes de qualquer atividade que possa afetar seus modos de vida.
Por fim, o presidente da Abrampa alertou para os desafios enfrentados pelo Brasil na proteção do meio ambiente e na luta contra as mudanças climáticas. Ele ressaltou a importância de cumprir as metas estabelecidas internacionalmente pelo Acordo de Paris e a necessidade de uma atuação mais efetiva do poder público e da sociedade para enfrentar esses desafios.