Os pesquisadores analisaram informações de 700 mil idosos hospitalizados nos EUA e descobriram que a disparidade na mortalidade é pequena, representando uma razão de 0,7% quando o paciente é do sexo masculino. No entanto, quando se trata de pacientes do sexo feminino, a diferença torna-se estatisticamente relevante, atingindo 2,8%.
Além disso, o estudo também apontou um risco de recaída com readmissão dos pacientes no hospital, que também mostrou uma disparidade significativa para as mulheres tratadas, com uma razão de 3,2%. A pesquisa foi conduzida por renomadas universidades como Harvard, UCLA e a Universidade de Tóquio.
O estatístico japonês Atsushi Miyawaki liderou a equipe de pesquisadores responsável por esse estudo, que foi publicado na revista Annals of Internal Medicine. Eles analisaram os registros do Medicare, o seguro de saúde federal voltado para a população acima de 65 anos nos EUA, e concluíram que as médicas mulheres apresentaram melhores desfechos para os pacientes.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores precisaram controlar várias variáveis que poderiam influenciar o resultado, como problemas de saúde específicos de cada paciente, idade, diagnóstico, renda, entre outros. Mesmo após ajustar os dados, as médicas mulheres continuaram se destacando no atendimento hospitalar.
Os autores do estudo não ofereceram uma explicação direta para essa diferença de desempenho, mas sugeriram que possíveis razões poderiam incluir uma melhor comunicação, uma avaliação mais precisa dos sintomas e um cuidado mais atencioso por parte das médicas mulheres. O resultado da pesquisa aponta para a necessidade de promover a diversidade de gênero no mercado médico, visando garantir que as pacientes recebam cuidados de alta qualidade.