Departamento de Justiça dos EUA indenizará vítimas de abuso sexual de ex-médico da ginástica por 139 milhões de dólares

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira que irá desembolsar cerca de 139 milhões de dólares para indenizar mais de uma centena de vítimas de abusos sexuais cometidos pelo ex-médico da seleção nacional de ginástica, Larry Nassar.

Larry Nassar, de 60 anos, que trabalhou como médico na federação de ginástica dos Estados Unidos e na Universidade Estadual de Michigan por mais de duas décadas, foi condenado a 175 anos de prisão em 2018 por abusar sexualmente de mais de cem atletas, incluindo medalhistas olímpicas como Simone Biles, Aly Raisman e McKayla Maroney.

Durante o julgamento, Nassar admitiu ter agredido sexualmente atletas enquanto trabalhava em diversas instituições, provocando mais de 150 vítimas a confrontá-lo com seus relatos de abuso. Uma investigação interna revelou falhas no tratamento das denúncias contra Nassar, permitindo que ele continuasse agredindo jovens até ser preso em 2016.

Os acordos anunciados visam compensar as vítimas e resolver queixas administrativas contra os Estados Unidos por uma suposta investigação inadequada conduzida pelo FBI sobre a conduta de Nassar. Em depoimento perante um comitê do Senado em 2021, o diretor do FBI, Christopher Wray, reconheceu as falhas da agência, classificando-as como “imperdoáveis”.

Além disso, as vítimas de Nassar já haviam chegado a um acordo de 380 milhões de dólares com a Federação de Ginástica dos EUA em 2021. A Universidade Estadual de Michigan também chegou a um acordo de 500 milhões de dólares com centenas de vítimas do ex-médico em 2018.

Apesar de ter sido esfaqueado por outro preso em julho do ano passado, Nassar se recuperou dos ferimentos. As medidas tomadas visam não apenas indenizar as vítimas, mas também garantir que casos como o de Larry Nassar não voltem a acontecer, mostrando o compromisso do Departamento de Justiça em combater abusos sexuais e proteger os mais vulneráveis.

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