A mobilização contou com adesão de sindicatos, partidos de oposição e professores universitários, que também iniciaram uma greve. Na capital argentina, Buenos Aires, os grupos se concentraram nos campi das 13 faculdades da Universidade de Buenos Aires (UBA) e caminharam em direção à Praça de Maio, carregando livros e cartazes com referências à personagem “Mafalda”.
Um dos manifestantes, Pablo Vicenti, estudante de Medicina na UBA, expressou sua indignação com o que chamou de “ataque brutal” do governo à universidade pública. Ele ressaltou a falsa noção de falta de recursos, afirmando que o governo possui verbas, mas opta por não investir na educação pública.
A situação se agravou com a declaração de emergência orçamentária por parte das universidades, após o governo decidir manter o mesmo orçamento de 2023 para este ano, mesmo diante de uma inflação de quase 290% em março. Os cortes afetaram diretamente os salários do corpo docente, com salários abaixo da linha da pobreza e despesas de funcionamento insuficientes para manter as atividades por mais de alguns meses.
O presidente Milei defendeu sua política econômica em rede nacional, destacando o superávit nas contas públicas no primeiro trimestre, mesmo com demissões em massa e redução da atividade econômica. No entanto, a comunidade universitária argentina continua mobilizada em defesa da educação pública, reivindicando mais investimentos e transparência na gestão dos recursos.