As autoridades responsáveis pelo resgate dos corpos, como a Marinha, o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Científica do Pará, Guarda Municipal de Bragança, Defesa Civil do Estado, Defesa Civil de Bragança, Organização Internacional das Nações Unidas para as Migrações (OIM) e Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), realizarão uma cerimônia laica de inumação dos corpos, possibilitando futuras exumações caso seja necessário.
Segundo informações da Polícia Federal (PF), a embarcação encontrada por pescadores paraenses estava em um rio na região de Salgado, no nordeste do Pará, com corpos em estado de decomposição. As investigações apontam que o barco tinha como destino as Ilhas Canárias, na Espanha, sendo utilizada como rota migratória para ingresso no continente europeu.
O barco, construído de forma artesanal e sem equipamentos de navegação, provavelmente partiu da Mauritânia, na África, e acabou sendo direcionado por correntes marítimas até o Brasil. Em seu interior, foram encontradas diversas evidências, como capas de chuva, telefones celulares e outros objetos, que estão sendo examinados pelo Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.
Enquanto as investigações seguem em andamento, a PF mantém contato com entidades internacionais por meio da Interpol. É fundamental esclarecer as circunstâncias que levaram a essa tragédia e identificar as vítimas, proporcionando respostas às famílias que aguardam ansiosamente por informações sobre seus entes queridos.