Enquanto um novo primeiro-ministro é aguardado nos próximos dias, o Haiti passará a ser governado por um governo interino nomeado na quarta-feira. A formação do Conselho Presidencial, composto por sete membros votantes e dois observadores, foi confirmada em 12 de abril após semanas de discussões e desentendimentos.
A situação no Haiti é crítica, com gangues poderosas controlando mais de 80% da capital e causando deslocamento interno de cerca de 360.000 pessoas. A violência desses grupos levou a uma crise humanitária, com cinco milhões de haitianos enfrentando “fome aguda” e 95.000 pessoas fugindo da capital devido aos ataques.
O país, que não realiza eleições desde 2016, agora busca estabilidade por meio de um governo de transição. No entanto, a reação das gangues às novas autoridades permanece incerta, especialmente após serem excluídas das negociações de transição.
A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos no Haiti, esperando que o Conselho Presidencial consiga chegar a um consenso e entregar o poder a um governo eleito até fevereiro de 2026. Enquanto isso, a população haitiana aguarda com ansiedade por dias de paz e prosperidade, após anos de instabilidade e violência.